MARKETING POLITICO. O VOTO É MARKETING

  MARKETING POLITICO.

O Papel do Marketing como decisão do Voto.
            24/01/2012
    Marketing é a arte de fazer necessário algo que não seria tão necessário, é a técnica de criar necessidades para um determinado publico de um determinado produto ou serviços, persuadir, conquistar favorecer, falar a mesma língua, desenvolver um relacionamento sincronizado aos mesmos sonhos e desejos de um grupo de pessoas, e tudo isso é possível quando conhecemos o nosso publico alvo. Mas como posso conhecer o meu publico?,comunicar com ele?, Saber quais os seus sonhos as suas necessidades, como vou falar o que eles gostariam de ouvir?
    São perguntas importantes para um planejamento de marketing político, pois existe apenas um caminho para sabermos tudo sobre o publico alvo no qual precisamos atingir. PESQUISAS, só através de pesquisas é possível conhecer as necessidades de um povo, o que eles esperam de um candidato, como eles o aceitam, e como a imagem dele é vista por esse publico, só assim é possível usar de todos os artifícios para conquistá-los, o povo precisa se sentir representado, ouvido, sentir que ele é o mais importante naquele contexto, e isso só é possível quando através de técnicas aprendemos a utilizar de informações: demográficas, geográficas, PIB, faixa etárias, taxa de Alfabetização entre outras, são ferramentas importantes para a elaboração de um planejamento eleitoral, é preciso se cercar de todas as informações desse povo para assim surpreendê-lo, de forma tal que persuadi-lo tornará uma tarefa fácil.    

“não se faz campanha sem promessas, e não se faz promessas quando não se tem o compromisso de cumpri-las.”
                                                  Texto escrito por Márcia Castelo Branco




O VOTO E O MARKETING 
Objetivo: Ressaltar a importância do voto para melhoria ou manutenção do status quo para a sociedade.
O voto é consequência de um processo. Este processo se dá à medida que a campanha se deflagra, ou seja, o candidato vai emitindo o seu discurso e o eleitor vai construindo a sua imagem do candidato. Vai analisando a plataforma defendida pelo candidato e as suas aspirações como cidadão.
Esta relação dura o período da campanha eleitoral, portanto, o eleitor vai amadurecendo e sofrendo alterações de opiniões durante a campanha, ele vai questionando e se identificando com algumas questões e se incompatibilizando com outras. No final ele se decidirá pelo candidato que mais compatibilidade apresentar com suas aspirações sociais, ou seja, aquele que se aproximar mais da possibilidade de realizações de seus sonhos para o futuro.
Portanto, indiscutivelmente o candidato deve ouvir o eleitor e na medida do possível compatibilizar o seu discurso com as necessidades e desejos do eleitor. Este ouvir significa manter uma assessoria permanente de pesquisa quantitativa e qualitativa de sua campanha. É imprescindível que o candidato saiba que a linguagem de marketing político é diferente.
É necessário criar mecanismos que possibilitem levantamentos de opinião pública, ou seja: avaliação de como a sua mensagem está sendo interpretada; e qual a percepção que o eleitor tem em relação ao candidato.
É de vital importância para o político saber que a campanha política trabalha com os espaços emocionais do eleitor, despertando a fé e a esperança das pessoas. Diante disso, é necessário agrupá-las em torno de um ideal de vida e de um mundo melhor.
Estes desejos e esperanças estão armazenados no interior, no íntimo, das pessoas, no que os especialistas em marketing político chamam de refúgio mágico. É importante salientar que a emoção se constrói a partir do racional para o emocional. Por isso o discurso do candidato deve ser consistente, moderno, atual e sintonizado com as expectativas do eleitor.
O candidato precisa manter um bom relacionamento com os formadores de opinião pública, que no caso do marketing político é diferente dos formadores de opinião do marketing empresarial, quais sejam os barbeiros, os cabeleireiros, jornaleiros, professores, jornalistas, lideranças comunitárias, e assim por diante.
O fator principal do formador de opinião é a imagem do candidato. Atualmente são quatro os fatores importantes na formação da imagem do candidato, e esses fatores mudam conforme a interferência dos discursos emitidos nos espaços públicos que criam uma cultura circulante e que influenciam os eleitores através dos meios de comunicação de massa, quais sejam:
  1. Candidato/candidata ser um homem/mulher simples;
  2. Candidato/candidata ser um homem/mulher chave;
  3. Candidato/candidata ser um homem paterno/mulher materna;
  4. Candidato/candidata ser um homem herói/mulher heroína.
A relação entre participação e obrigatoriedade de votar não é tão automática quando se pensa. E a exposição do cenário mundial nos mostra isso. Em países com a Itália, a África do Sul, Israel, Suécia e Espanha o voto é opcional. Nem por isso os eleitores se abstêm desse direito, e mais de 80% do contingente cadastrado comparece às urnas. Em contrapartida, em países como o Peru, o México, a Venezuela, o Paraguai e a Guatemala, o exercício é obrigatório e menos de 60% dos cidadãos exercem seu direito.
No Brasil a média de participação é de 78,3% - superior a países desenvolvidos onde o voto também é obrigatório, caso da Bélgica com 75,2%. Em outras nações onde esse direito é compulsório os resultados são ainda mais elevados, são os casos do Uruguai, da Costa Rica, da Grécia, da Austrália e do Chile com mais de 80% de comparecimento. Para não fugir da análise de todas as situações possíveis, é importante lembrar que também é comum a ausência do eleitorado em países em que não existe o caráter obrigatório.
No Japão, na Suíça, no Canadá, na França (onde os eleitores se assustaram recentemente) e nos Estados Unidos – países desenvolvidos -, a ausência supera a casa dos quarenta pontos percentuais. De acordo com os dados acima podemos supor que existem outros fatores que influem na participação do eleitorado, além, simplesmente, da característica opcional ou obrigatória desse direito. O que percebemos então é que o voto é uma questão de consciência, e a participação é um sinônimo do envolvimento da população no processo.
Sob esse ponto de vista, poderíamos imaginar que o atendimento ou a resposta dos representantes aos representados é o que estimula a crença da sociedade no processo de escolha. Além disso, alterações nas vidas das pessoas, promovidas por mudanças no partido que ocupa a situação, podem dar a ideia aos eleitores de que o processo eleitoral promove transformações.
Assim, o cenário político de uma cidade, de um estado ou de um país depende dos cidadãos. A representação é exercida mediante uma escolha. Além disso, a insatisfação ou a indignação em relação às opções disponíveis pode levar o eleitor a recusar as alternativas, o que motiva o voto em branco ou nulo. Em qualquer um desses casos, o cidadão compareceu às urnas, avaliou as alternativas e escolheu. Esse sujeito tem todo o direito de se queixar, de reclamar e de mostrar insatisfação com qualquer que seja o vencedor. Isso porque, no momento da escolha, ele disse o que preferia, e recebe assim o direito “moral” de avaliar a situação.
Quando o sujeito não vota, ele está dizendo que os outros cidadãos podem responder por ele. Que qualquer coisa que os outros resolvam está bom – ele é indiferente, e a apatia é o pior mal da política. Dessa forma, a discussão sobre a obrigatoriedade do voto deixa de fazer sentido quando entendemos o seu verdadeiro valor.
A função do marketing é compreender e estimular os desejos e as necessidades dos indivíduos, desenvolvendo produtos e serviços que atendam a essas necessidades e comunicando sua existência à sociedade. Este processo é bastante amplo, dividido em uma série de etapas e tarefas complexas, algumas das quais, por serem mais visíveis, tendem a atrair maior atenção por parte do grande público ou daqueles que se iniciam no assunto.
A crescente sofisticação das técnicas de marketing (previsão de demanda, análise do perfil psicossocial dos eleitores, segmentação de mercado, etc.) e dos instrumentos aplicados nas mesmas (procedimentos estatístico-matemáticos feitos em computadores acabaram por atingir a esfera da política, principalmente durante as eleições).
A partir do momento em que uma pessoa se associa ou diz representar uma ideia, uma imagem de capacidade gerencial ou visão política da sociedade em uma eleição, ela visa receber em troca um cargo público eletivo. A “moeda” dessa troca é o voto que o candidato irá receber pelas suas promessas de atuação política futura, na qual vai objetivar uma melhoria ou manutenção do “status quo” de um determinado segmento da sociedade. Quando o candidato já possui um mandato eletivo, poderá também receber votos em função de seu desempenho anterior.
O caminho do marketing
O marketing transformou-se em um instrumento indispensável para a sobrevivência dos empresários e de suas instituições. Originário de um ambiente competitivo apresenta-se como o caminho natural para enfrentar o desafio da competição eleitoral.
O marketing eleitoral pode ser extremamente eficaz, ou até mesmo dispensável, dependendo do universo em que atue. Segundo o professor Cid Pacheco, o voto é influenciado por três componentes distintos: o político, o ideológico e o eleitoral. Estes componentes aumentam ou diminuem sua importância em função do tamanho do universo votante.
O voto político é firmado de forma direta, em uma relação pessoal entre candidato e eleitor. Em cidades pequenas, este fator é imperativo, chegando a contribuir com até cerca de 80% da motivação dos votos. Em universos maiores, como o nacional, seu efeito se dilui, afetando cerca de 20% do eleitorado. O componente ideológico influencia, de forma geral, pequena parcela dos eleitores. Os discursos de esquerda, direita, do socialismo ou liberalismo parecem afetar pouco a decisão de voto. Esse tipo de voto atinge aproximadamente 5% do eleitorado de universos pequenos, crescendo com o tamanho dos mercados, atingindo uma influência máxima de 10% no mercado nacional.
O componente eleitoral representa o campo de atuação do marketing eleitoral. Sua influência cresce com o tamanho do universo eleitoral, chegando a atingir, em nível nacional, 70% das decisões de voto.

FONTE: Universidade ESAB

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